O último domingo de janeiro é o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, uma doença infecciosa, contagiosa, não hereditária, que tem cura. A data foi instituída em 1954 pelo jornalista e ativista francês Raoul Follereau, visando: defender a igualdade de tratamento para as pessoas afetadas e reeducar o público sobre a hanseníase. No Brasil, a Lei nº 12.135/2009, seguindo o exemplo mundial, instituiu Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase na mesma data em que é lembrada no resto do mundo.
Até a década de 1940, o tratamento de pacientes com hanseníase ocorria em estabelecimentos conhecidos como leprosários, onde eram compulsoriamente isolados; recebiam um medicamento fitoterápico natural da Índia, o óleo de Chaulmoogra. No final dos anos 1940, um novo fármaco foi desenvolvido, a sulfona, que marcou uma nova fase na terapia ao acabar com a contagiosidade do doente que, ainda no início do tratamento, deixava de contaminar as pessoas ao seu redor.
Causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Henrick Armauer Hansen, médico norueguês, descobridor da doença, em 1873), a hanseníase é uma das enfermidades mais antigas do mundo. No século VI a.C. já havia relatos da doença.
A maioria das pessoas consegue se defender naturalmente da bactéria responsável pela enfermidade, porém cerca de 10% desenvolvem a doença. O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase, são as principais formas de prevenção.
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