Os médicos baianos repudiam a postura do Governo do Estado no que se refere à desvalorização dos servidores públicos, em especial os profissionais de saúde. Ao anunciar um reajuste salarial de irrisórios 4% – que não repõe sequer as perdas inflacionárias -, o governo demonstra seu total descaso com a saúde pública e com os médicos, já que não remunera adequadamente aqueles que cuidam diretamente da população.
O percentual anunciado pelo governo, poderia até minimizar os efeitos da inflação, já que o IPCA acumula alta de 2,95% no ano e 3,94% nos últimos 12 meses, mas, descontado o reajuste do Planserv, que atinge todos os salários dos servidores, esse impacto já reduz para 3,6% a reposição anunciada. Vale lembrar, ainda, que as perdas salariais dos servidores do Estado, acumuladas com a inflação ao longo dos últimos sete anos (2015 a 2022), chegam a 53,33%.
Enquanto para a maioria vale a alegação de que o orçamento só permite chegar aos 4%, para o alto escalão do governo há orçamento de sobra. Em janeiro o salário do governador foi reajustado em 48,5%. O vice-governador e os secretários da Bahia também tiveram um aumento em suas remunerações, com índices que chegaram a 53,81%.
É lamentável e vergonhoso que a Bahia tenha dois pesos e duas medidas no tratamento de seus servidores. Assim, o Sindimed-BA manifesta publicamente seu veemente repúdio a esse tratamento desigual e desumano em relação aos trabalhadores.
Salvador, 13 de junho de 2023.
Sindimed-BA
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