O Sindimed está fazendo publicamente uma grave denúncia contra a conduta antissindical que empresas terceirizadas pelo governo do estado estão tendo na gestão de unidades públicas de saúde. Neste momento o problema está ocorrendo em Salvador, no Hospital Eládio Lassere e em Porto Seguro, no Hospital Deputado Luiz Eduardo Magalhães (HDLEM).
Médicos sofreram demissão arbitrária em pleno movimento reivindicatório da categoria, numa clara atitude de retaliação para intimidar a justa mobilização que vem sendo feita no sentido de regularizar os pagamentos em atraso e de qualificar as estruturas hospitalares para melhor atender a população.
As demissões atingem médicos competentes e antigos nas unidades estaduais, sem que seja apresentada qualquer justificativa, até porque os serviços prestados por esses profissionais são reconhecidos como de excelência tanto pelo corpo clínico como pelos usuários dos serviços.
No HDLEM, foi demitido o Dr. Vinicius Santos Ferreira, com mais de 10 anos de casa e com relevantes serviços prestados no Hospital, inclusive durante a pandemia, quando o trabalho desse profissional foi destaque de reconhecimento pela dedicação e qualidade.
No Eládio Lassere, o Dr. José Serra, cirurgião reconhecido e respeitado por todos, com mais de seis anos de serviços no hospital, e outra médica foram demitidos, também sem qualquer motivação profissional, numa evidência clara de que se trata mesmo de retaliação dos gestores para inibir os justos movimentos reivindicatórios, que constituem direito inalienável dos médicos.
Vem sendo prática comum das gestoras terceirizadas o atraso sistemático da remuneração dos médicos. É frequente que os pagamentos sejam feitos até três meses depois do serviço prestado. Além disso, na maioria das unidades de saúde é frequente a falta de insumos básicos, como medicamentos e materiais, para prestar atendimento aos pacientes.
O governo do estado precisa atuar junto às empresas que contrata para corrigir essa situação insustentável. O Sindimed exige justiça, com a imediata readmissão dos profissionais em Porto Seguro, no HDLEM e em Salvador, no Eládio Lassere. O Sindicato seguirá fazendo essas denúncias, até porque os médicos não vão se calar diante das arbitrariedades.
Comments