Sem reajuste salarial há mais de dez anos e vendo fracassar todas as tentativas de negociação com a empresa, por condições dignas de trabalho, os médicos da Hapvida não tiveram outra alternativa a não ser fazer a suspensão de atendimentos eletivos, nesta segunda-feira, dia 15.
Ao invés de optar pelo caminho do diálogo, como seria o ideal, a Hapvida decidiu por trazer profissionais de outros estados para ocupar os postos de trabalho, na tentativa de enfraquecer o movimento dos médicos baianos.
Além do flagrante desrespeito à classe médica, a empresa está demonstrando que dispõe de recursos para atender as justas reivindicações dos médicos. O que existe mesmo é uma política de arrocho salarial, de desvalorização dos profissionais e de desrespeito aos segurados do plano.
A atitude da empresa é gravíssima, também, porque quer induzir médicos a cometerem infração ética, atentando contra o que preconiza o Conselho Federal de Medicina. Os médicos que aceitarem substituir os colegas – que estão em mobilização por condições dignas de trabalho -, estarão infringindo os artigos 48 e 49 do Capítulo VII do Código de Ética.
O Sindimed tem percorrido as unidades ambulatoriais da Hapvida, desde cedo, e o Cremeb também enviou seus representantes médicos para uma fiscalização direta.
O Sindicato está atento e vigilante a toda movimentação que ocorre neste momento.