Palestra promovida pelo Sindimed aprofundou conhecimentos sobre autismo
Médico e vereador Cezar Leite falou sobre políticas públicas para a inclusãoDireitos dos autistasNa sequência do evento, a palestra do advogado Romeu Sá Barreto apresentou um grande volume de informações sobre direitos que muita gente desconhece. Ele chamou a atenção especialmente para a Lei Berenice Piana, nº12.764/2012, que é um marco dos direitos dos autistas.Segundo estimativas apresentadas pelo advogado, “existem hoje aproximadamente dois milhões de autistas no Brasil e essa população tem que ser respeitada. Discriminar o autista pode acarretar até três anos de prisão”, disse Barreto. Além disso existem também recursos legais para garantir acesso a tratamentos especializados, atribuindo responsabilidade ao Estado quando a família não puder arcar com os altos custos das terapias necessárias.Barreto destaca entre os principais pontos garantidos em lei está o direito à educação. “O artigo terceiro da Lei 12.764 assegura acompanhante especializado na escola onde estudar o autista. Além disso, o artigo sétimo da mesma Lei, determina que nenhuma escola pode recusar matrícula, atribuindo pesadas multas para quem o fizer”, pontuou o Dr. Romeo.DiagnósticoA última palestrante da noite, Dra. Rachel Silvany, fez uma retrospectiva sobre os estudos do autismo, assinalando que há indícios de um aumento progressivo do número de casos em todo o mundo. Ela falou ainda sobre as características dos fatores que podem acarretar a ocorrência, mas descartou, por exemplo o recorte socioeconômico.A neuropediatra falou também sobre o diagnóstico do autismo, que é fundamentalmente clínico e disse que os fatores da ocorrência são poligênicos, em outras palavras, não estão relacionados a um único gene. “Apesar da estereotipia que lhes são comuns, não há um autista igual a outro. Todos são diferenciados por suas personalidades próprias e, portanto, requerem tratamento individualizado”, finalizou a médica, que se emocionou ao lembrar de seus pacientes.
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