Situação gravíssima na Bahia: médicos à beira de demissão em massa

A Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) está provocando uma crise sem precedentes, desde que decidiu precarizar ainda mais os contratos terceirizados, obrigando os médicos com vínculos CLT a se submeterem como Pessoa Jurídica (PJ), que não são. Tal situação, inclusive, pode ser interpretada como fraude ao vínculo trabalhista. A ameaça paira sobre nada menos que 500 médicos da rede própria estadual.

Na segunda-feira, 21 de julho, o Sindimed-BA voltou a buscar diálogo com a Sesab, tentando uma reunião presencial, com a participação da presidente do Sindicato, Dra. Rita Virgínia, a diretora Dra. Gisele Amorim, a conselheira do Conselho Estadual de Saúde (CES), Dra. Carla Sartori (representando o Sindicato) e o procurador do Ministério Público do Trabalho, Dr. Bernardo Guimarães.

Obs: Pedimos desculpas pela pouca qualidade no som do vídeo, que foi gravado no local, em meio a barulho de obras e movimentação intensa dentro do prédio da SESAB. Contamos com a compreensão de todos, em função da urgência do assunto.

Lamentavelmente, após três horas de espera, a representação foi informada que não seria recebida pela secretária de Saúde, sob alegação de agenda cheia. Nem mesmo o alerta sobre a gravidade da situação, que pode vir a gerar desassistência à população, foi capaz de sensibilizar a gestão.

A reunião foi remarcada para quinta-feira, dia 24.07.025, às 10h, com a presença da Procuradora-Geral do Estado. A urgência é clara, mas, segundo a equipe da SESAB, não há disponibilidade antes disso. Várias demissões já ocorreram e outros médicos estão prestes a serem desligados ou obrigados a migrar para vínculos precarizados, via PJ.

Após a reunião, o Sindimed convocará nova assembleia com os médicos, para deliberar os próximos passos.

O Sindimed segue firme na luta contra a pejotização, a precarização e em defesa da dignidade dos médicos da Bahia.