Médicos do PA de Porto de Sauípe denunciam precariedades e atraso salarial desde outubro

O Sindimed recebeu denúncia e foi conferir as condições de trabalho na unidade de Pronto Atendimento (PA) de Porto de Sauípe. O vice-presidente, Dr. Yuri Serafim constatou muitos problemas. Além de toda precariedade encontrada, lá os médicos ainda não receberam os salários de outubro e esses atrasos são constantes.

A difícil situação vivida pelos médicos desse PA tem o agravante de que as contratações são feitas como Pessoa Jurídica (PJ), diretamente pela prefeitura, todos, portanto, vínculos precários, sem nenhum direito trabalhista e os profissionais ainda sofrem perseguição quando se queixam das péssimas condições de trabalho.

Foi identificado que, de fato, os insumos básicos estão em falta ou são insuficientes para o volume de atendimentos da unidade, que recebe, em média, 100 a 110 pacientes por dia, inclusive turistas e pessoas de municípios vizinhos.

Dr. Yuri constatou, ainda, que a unidade não está estruturada para fazer exames, sejam laboratoriais ou de imagem. Muitas vezes o paciente precisa recorrer a uma clínica privada, para depois retornar com o exame ao PA.

Os equipamentos de suporte avançado são antigos. As instalações físicas são precárias, com apenas um banheiro para todos e colchão velho. A unidade só dispõe de um médico no plantão e, inexplicavelmente, não fornece refeição nos plantões de 24 horas.

Para evitar a crescente precarização, antes de assinar qualquer contrato de prestação de serviços, os médicos devem procurar a orientação jurídica do Sindimed, que tem assessoria qualificada para análise das propostas de vínculos, objetivando evitar prejuízos em contratos danosos aos profissionais.

O Sindicato está enviando ofícios para a Secretária de Saúde do Município, e já solicitou ao Cremeb uma vistoria na unidade para que sejam apontadas as inconformidades a serem sanadas pelos gestores.